Páginas

sábado, 19 de janeiro de 2013

Encaminhamentos do Primeiro Ensaio

E tudo começou a falar, até São Pedro resolveu que era muito falatório, mandou chuva. E não paramos de falar nem assim. E tudo tinha mais um "e" ou "mas" para emendar até o findar da tarde.

Conversamos sobre projetos, sobre o que precisava ser feito, sobre a necessidade de descentralizar a gestão do grupo, sobre o grupo conseguir se autogerir, sobre amadurecer. Até esqueci de perguntar se o grupo topava. Acabou que teve de topar, no estupor de tanto que falamos.

Distribuímos funções. Apresentamos as necessidades. Traçamos metas... tanta meta e tanto papelim. Quando for passar pra planilha vai ser um Deus-nos-acuda. Mas vamos que vamos. Precisamos nos organizar. Preciso diminuir minha ansiedade e empolgação. Preciso entregar o grupo a si mesmo.

No fim, definimos quatro grandes linhas de frente de trabalho para este semestre:
  1. Definição do Espaço de ensaio;
  2. Participação do LaPop no Carnaval;
  3. Criação de um Curso de Capacitação;
  4. Elaboração de um Espetáculo.
De uma forma geral cada uma destas linhas influencia a outra, dando rumos, limitando e propondo ações. Tudo deve culminar no Espetáculo, que de forma tranquila e "natural" provavelmente irá representar o esforço aplicado nas demais linhas de trabalho.

É começo de ano, é começo de ciclo, é início de definição. Demos encaminhamento a uma série de ações que terão repercussões na forma como o grupo atua e se direciona no futuro. Foi tanta coisa. O pessoal deve ter ficado muito zonzo. Quando a gestão é compartilhada, é preciso conversar, é preciso distribuir. E isso leva tempo. Há estratégias que diminuem essa dor. A Internet está cheia delas. Esperamos que o grupo consiga fazer bom uso e possa crescer com estas ferramentas (as nossas estão disponíveis no Ambiente de Trabalho). De qualquer forma, é preciso simplificar.

Todos estamos aprendendo. Aprendendo a dançar. Aprendendo a cantar... a sorrir, a gerir, a se relacionar. É tão gostoso saber que ainda estamos aprendendo. Que não sabemos. Que estamos sabendo e que vamos saber mais.

E aprender a criar e seguir uma nova rotina. Manter-se informado. Informar. Fazer uso dos espaços disponíveis, tomar conhecimento. Há uma grande esperança de que este Blog seja utilizado de forma frequente pelo grupo. Que possamos estabelecer discussões e que utilizar este ambiente para compartilhar anseios, necessidades e dificuldades.

Não há uma fórmula, uma panaceia universal. A gente deve inventar o nosso jeito tomando como ponto de partida as experiências que já vivemos e compartilhamos. É preciso descobrir.

Mas o dia não foi só falatório. Fizemos uma incrível visita de campo. O grupo gritou por uma viagem. Queríamos conhecer o Balaio de Chita. E que delícia foi celebrar na Praça do Rosário, em Uberlândia. O grupo cresceu. Os grupos cresceram.

A Palo Seco, no atrito e na raça. Na Praça da Bicota, na Igreja do Rosário, do rosário dos pretos e dos sonhos. Um parto de novidades este espetáculo do Balaio. A flor silvestre desabrochando do meio do cerrado. Arisca, delicada... perfumosa. Pequenas gotas de passado, uma cachoeira de desconhecido, repiques de outros espaços, beliscando até o Piauí. Gostamos tanto do novo figurino branco, da força do moçambique entrelaçado no espetáculo, das canções de Minas... de Tambor... de Mina(s).

E o de sempre. Ficar até depois porque dançamos por gosto. E lembrar velhas canções, trocando passos e embaraços.  E fazer o ensaio que não houve por que falar era preciso. Ai, o Baralho, de dois a dois, de muitos. Desafinos, desatinos, desalinhos, mas no fim tudo tão certo, tão preciso. Precisava, precisava MUITO. Não tinha ideia.

Ousar. Vale a pena ousar. Primeira vez. Teremos muitas outras... me alegro de saber e reconhecer. Resta pouco da voz, e palavras ainda não se esgotaram. Perdão por serem tantas, grato pela partilha e pela coragem. Por tudo retribuo em esforço: criar a rotina de relatar e condensar as experiências. Sempre... logo após. É preciso aproveitar a corrente, a onda que traz e o fôlego que permanece.

Hoje não sou Victor. Me chame...
Jererê...

"Oi Jererê, Jererê, Jererê...
Bote no copo que eu também quero bebê!"

Um comentário:

Anônimo disse...

Jererê!!rs
que emoção compartilhar essas alegrias juntos com LAPOP!!

Google+